segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Subsídios para a História do Salão Cultural Ataíjense


III – O Ano de 1989

(Emblema do Salão Cultural Ataíjense,
inspirado no brazão existente na Casa do Monge Lagareiro
- pintura de Carlos Sousa, 2001)

No ano de 1989 continuaram as obras de construção do edifício do Salão, entrando-se na fase de acabamentos.
Instalaram-se as casas de banho, montaram-se portas e janelas e procedeu-se a rebocos e pinturas.

O estado das instalações já permitiu que tivessem servido de núcleo central das festas em honra de Nossa Senhora da Graça – que nesse ano tiveram lugar nos dias 29 e 30 de Abril e 1 de Maio.
A comissão das festas de Nossa Senhora da Graça fez imprimir um cartaz com o respectivo programa, por onde se vê que tiveram a participação dos seguintes artistas:
- Agrupamento musical “OS TRIUNFANTES”
- Conjunto “RENOVAÇÃO”
- Conjunto “OS PRIMOS” e,
- Agrupamento musical “LEONEL TEIXEIRA”

Nos dias 16 e 17 de Setembro, realizou-se a Festa do Salão, tendo em vista a angariação dos fundos indispensáveis para a continuação das obras e cujo ponto alto foi o “CORTEJO DE OFERENDAS”.

O programa dos festejos foi o seguinte:

Dia 16, Sábado:
- 20H00, baile com o organista e vocalista LUIS SILVA, da Benedita;

Dia 17, Domingo:
- 09H00 – Abertura do Arraial com quermesse, divertimentos e música gravada;
- 13H00 – Início do Cortejo de Oferendas, acompanhado pelo Agrupamento Musical “OS TRIUNFANTES”;
- 14h30 – Abertura do leilão das ofertas;
- 20H00 – Baile com o organista e acordeonista “ZÉ CAFÉ + GUIDA”;
- 23h00 – Sorteio das rifas.

Durante os festejos, estiveram disponíveis no Salão serviços de Bar e Restaurante.

Para divulgação da festa foi impresso um Cartaz.

Patrocinaram o evento as seguintes empresas:
- Vigário & Machado, Lda. - fornecedor de mármores, campas, cantarias e fogões de sala;
- José Constantino Júnior – trabalhos com equipamentos agrícolas;
- Elísio Martins Pimenta - mármores e cantarias;
- João Manuel Vicente Martins - oficina de móveis;
- José Lourenço de Sousa (Zé da Ilda) – fornecedor de materiais de construção;
- Café Centro - de Maria Lúcia Coelho Matias de Sousa;
- Casa dos Pneus dos Molianos;
- Automecânica Rodrigues - de José Martins Rodrigues;
- António Branco Gregório – fornecedor de materiais de construção civil;
- Manuel Cordeiro Catarino – Fornecedor de lenhas e cavacas;
- Café Restaurante “O APEADEIRO” – de Fernando Ribeiro Mariano;
- Alumínios Santa Teresa, Lda.

As receitas do ano atingiram o montante de 1.112.949$00, dos quais 425.000$00 foram entregues pela comissão da Capela de Nossa Senhora da Graça e 557.949$00 constituem o saldo positivo do Cortejo de Oferendas e Festa do Salão.

Atento o saldo negativo, transitado do ano anterior e uma vez que as despesas somaram 1.008.412$00, transitou para o ano de 1990 um saldo negativo de 957.341$00.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

14º Almoço Anual do Salão


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No próximo dia 20 de Janeiro de 2013 terá lugar no SALÃO CULTURAL ATAÍJENSE o 

14º ALMOÇO ANUAL DO SALÃO.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas, no Salão, até ao próximo dia 8 de Janeiro.

O TERCEIRO DOMINGO DE JANEIRO
É,
SEMPRE,
DIA DE ALMOÇO NO SALÃO!

Realizado, ininterruptamente, desde o ano de 2000, o almoço anual do Salão Cultural Ataíjense tem sido e continuará a ser o momento privilegiado de convívio de todos os residentes, naturais e amigos da Ataíja de Cima, uma grande festa que reúne centenas de pessoas, um encontro de familiares, vizinhos e amigos.

Hoje, quando os problemas económicos nos fazem, por vezes, perder o ânimo ou duvidar do futuro, mais importante é o reforço dos laços que nos ligam e, por isso, mais importante é a participação de todos.

O Salão Cultural Ataíjense, mais uma vez em obras para ampliação das instalações, tem, nestes anos, desempenhado um importantíssimo papel na vida social da Ataíja de Cima. 
Para que assim continue, é necessária a participação de todos.
Eu, por mim, lá estarei com a família.
Venha também!

Inscreva-se, até 8 de Janeiro!
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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Subsídios para a História do Salão Cultural Ataíjense


II - Ano de 1988
Obras de construção da Sede

(Emblema do Salão Cultural Ataíjense,
inspirado no brazão existente na Casa do Monge Lareiro
 - pintura de Carlos Sousa, 2001)

Prosseguiram as obras de construção do Salão e, na manhã de 25 de Abril de 1988, procedeu-se ao "enchimento da placa", seguindo-se um almoço com todos os que, voluntária e graciosamente, participaram nos trabalhos.
Sobre o assunto, o jornal O Alcoa, de 5 de Maio seguinte, publicou uma desenvolvida notícia salientando, merecidamente, o facto de o Salão só ser possível pela oferta feita por Luis da Graça de Sousa, do terreno para a sua construção.

Em 1 de Maio de 1988, tinha tido lugar um peditório na aldeia para angariação de fundos, tendo os donativos totalizado a quantia de 347.550$00 (trezentos e quarenta e sete mil quinhentos e cinquenta escudos).

Nos dias 17 e 18 de Setembro realizaram-se um Cortejo de Oferendas e a Festa do Salão, mais uma vez, com vista a angariar os fundos necessários para o prosseguimento das obras.

Os festejos abriram no sábado, dia 17, às 21H00, com um baile animado pelo organista Lúcio Ferreira e prosseguiram no domingo com um preenchido programa:
- 8h – Alvorada;
- 10h – Provas desportivas com atletismo infantil;
- 11h – Corrida de burros;
- 12h – Abertura do arraial com quermesse e música gravada;
- 14h – Concentração no Largo do Outeiro dos carros alegóricos transportando as ofertas de cada uma das ruas do lugar, seguido de desfile até ao Adro, acompanhado pelo conjunto musical “OS TRIUNFANTES”;
- 16h – Leilão das ofertas e continuação do arraial;
- 18h – Actuação do conjunto musical “STACK”

Durante os festejos estiveram disponíveis serviços de bar e restaurante.
A actuação do conjunto musical “OS TRIUNFANTES”, foi gratuita.
Para divulgação dos festejos foi impresso um cartaz onde, além do programa, constam os patrocínios ao evento, das seguintes empresas:
- Joaquim Salazar da Silva Marinho, mediador de seguros;
- José Lourenço de Sousa (Zé da Ilda), fornecedor de materiais de construção;
- José Manuel Coelho Vigário, Fábrica de Mármores e Granitos Polidos;
- Restaurante “O APEADEIRO”, de Francisco da Silva Salgueiro;
- Automecânica Rodrigues, de José Martins Rodrigues;
- Vigário & Machado, Lda;
- Café Centro, de Joaquim Gomes de Sousa;
- João Manuel Vicente Martins, oficina de móveis;
- Matias, Gomes e Maurício, Lda;
- LIMPEC, especializada em limpezas, de Francisco da Silva Salgueiro

Esta iniciativa gerou receitas no valor de 1.250.165$00, despesas no valor de 265.840$00 e, portanto, um saldo positivo de 984.325$00 (novecentos e oitenta e quatro mil trezentos e vinte e cinco escudos).

Conforme os documentos contabilísticos arquivados, o ano de 1988 fechou com receitas no montante de 1.580.375$00 e despesas no valor de 3.003.258$00 o que, atento o saldo transitado de 1987, representou um saldo negativo, a transitar para o exercício de 1989, no valor de 1.061.878$00.
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Subsídios para a História do Salão Cultural Ataíjense


I - Anos de 1985 a 1987

(Emblema do Salão Cultural Ataíjense, inspirado no brazão
 existente na Casa do Monge Lagareiro - pintura de Carlos Sousa, 2001)

O Salão Cultural Ataíjense foi fundado em 1985, tendo antes disso o seu embrião funcionado no edifício da antiga escola primária, o qual constava de uma única sala de aulas, pelo que, a breve trecho, se concluiu que não tinha condições para satisfazer as necessidades da aldeia as quais eram, tal como então entendidas, a de existir um edifício suficientemente espaçoso que permitisse apoiar a realização das festas anuais em honra de Nossa Senhora da Graça e de Santo António e a realização de festas de casamento, baptizados, etc.

A inexistência de terrenos disponíveis, bem localizados no interior da aldeia, constituiu obstáculo que só foi ultrapassado com a compra que Luís da Graça de Sousa fez a Francisco Jorge do quintal da sua casa, com o expresso intuito de o doar para aí ser construído o Salão.

Porque se tratou de negócios meramente verbais, não dispomos de documentos ou outros elementos que nos permitam situar, com rigor, as datas dos factos.

Assim, nada há documentado relativamente aos factos e actividades que tenham tido lugar no ano de 1985.

Certo é que em Maio de 1986 se procedeu à demolição do edifício da antiga escola primária, como se vê de um documento (folha de 35 linhas) elaborado por João Lourenço Quitério que contém diversas notas relacionadas com a construção do Salão, anota, em 3-5-1986:
“dinheiro encontrado na demolição do clube – 26$00”
e
“uma viga vendida a Quim Fialho – 150$00”
O que indicia que, nessa data, já o terreno onde hoje se encontra a sede do Salão Cultural Ataíjense tinha sido adquirido.
O mencionado documento não permite concluir sobre outras actividades desenvolvidas nesse ano de 1986.

Em Maio do ano seguinte, 1987, começaram as obras da construção da sede e, datada de 8 de Junho desse ano, foi distribuída a toda a população e enviada a naturais emigrados, uma carta subscrita por um grupo de cidadãos que se intitularam “Comissão de Melhoramentos de Ataíja de Cima”, do seguinte teor:

“ Um grupo de naturais e residentes da Ataíja de Cima decidiram constituir-se em Comissão para a construção de um SALÃO, um espaço cultural e recreativo que tanta falta faz na nossa vida social.
A Ataíja de Cima não tem um local onde a sua população e os amigos que nos visitam nos dias festivos, se possam reunir, seja para discutir os seus problemas, seja para um espectáculo ou um baile, um casamento ou um simples convívio.
Como este empreendimento terá elevados custos, será necessária, para a sua concretização, a generosidade não só de todos os habitantes, mas também a dos naturais não residentes e outros amigos que queiram e possam ajudar-nos.
Contamos pois com o seu contributo, indispensável para a realização duma obra que é DE TODOS E PARA TODOS.
O seu contributo poderá ser prestado em materiais, dinheiro ou trabalho.
A Comissão
Vítor Manuel Figueiredo Ribeiro
José Lourenço de Sousa
Francisco Carlos Gomes Tomé
Joaquim de Sousa Maurício
José Marques Coelho
João Vigário Bernardino
João Lourenço Quitério

O documento já referido, elaborado por João Lourenço Quitério, sob o título “Dinheiro Recebido a favor do Novo Salão Ataíjense”, anota diversos donativos recebidos no período decorrido entre 8 de Junho de 1986 (data da carta acima transcrita) e 15 de Julho de 1987.

Um outro documento, também elaborado por João Lourenço Quitério, sob o título “Salão – Relação de Despesas (Pagas)”, anota despesas efectuadas e pagas entre 15 de Junho e 28 de Julho de 1987.

Um terceiro documento, elaborado pelo mesmo João Lourenço Quitério, sob o título “Novo Salão Ataíjense – Relação de Serviços Prestados” anota os trabalhos efectuados, no período compreendido entre 31 de Maio de 1987 e 24 de Julho seguinte, referindo, designadamente que em 31 de Maio foi feito o “alinhamento” e no dia seguinte, 1 de Junho, se procedeu à “abertua dos caboucos”.

Ou seja, quando a carta acima transcrita foi enviada já os trabalhos de construção estavam iniciados.

As obras continuaram durante todo o resto do ano, não se conhecendo, no entanto, outros documentos a elas relativos, salvo documentos de despesas que constam da respectiva contabilidade.

De acordo com os documentos contabilísticos arquivados, nesse ano de 1987, as receitas, provenientes de donativos e bailes, somaram a quantia de 763.100$00 (setecentos e sessenta e três mil e cem escudos), tendo os pagamentos efectuados somado 402.095$00 (quatrocentos e dois mil e noventa e cinco escudos).

O saldo transitado para o ano de 1988 foi, assim, de 361.005$00 (trezentos e sessenta e um mil e cinco escudos)
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