quarta-feira, 15 de junho de 2022

Inauguração do Centro Pastoral e Casa Mortuária

 

Só hoje me é possível dar aqui a notícia da inauguração formal do Centro Pastoral e Casa Mortuária, que teve lugar no passado sábado, dia 11 de Junho de 2022.

Porque a vida e a morte não esperam, a Casa Mortuária cumpriu pela primeira vez o fim para que foi construída, em Outubro do ano passado, ainda mal estava acabada e não mobilada.
Começámos por aí velar, com poucos dias de intervalo, a dois grandes ataíjenses e outros se seguiram, nove até agora, cujos nomes aqui ficam para memória futura:

Luís da Graça de Sousa

António Baptista Vigário

António Carlos Cordeiro

Manuel Coelho Matias

Joaquim Lourenço Machado

Abílio Tomás de Sousa

José Gonçalo de Figueiredo Pais

Daniel Tomás de Sousa

José Tomás Coelho

A casa mortuária era uma necessidade há muito sentida, uma vez que a cave da igreja só muito deficientemente podia desempenhar tal função.
Temos agora um espaço amplo e digno onde velar os nossos mortos, o que só foi possível, desde logo, porque os irmãos Rogério e Luís Vigário decidiram adquirir todo o edificado que foi a casa e cómodos de seu avô, colocando-o à disposição da comunidade e permitindo assim a construção da Casa Mortuária e do Centro Pastoral, este dispondo de salas para catequese e outras actividades, casas de banho, incluindo para pessoas com mobilidade reduzida e cozinha equipada.

O projecto, um excelente projecto, diga-se, foi desenvolvido pelo Sr. Arqº Carlos Laureano do atelier CSLaureano Arquitectos, Lda e ocupa sensivelmente a mesma implantação e volumetria do antecedente, mantendo, agora como pátio, o espaço que pertenceu à antiga Rua da Penicheira e guarda a memória da antiguidade das construções que existiam no local, preservando uma padieira de porta com a inscrição da data de 1795, bem como a fachada da casa que foi de Sabino Vigário e Joaquina Baptista através da sua integração no alçado principal e contempla, ainda, um belíssimo terraço de onde se alcança uma imponente vista sobre a serra dos Candeeiros.

Foi ainda possível preservar, na execução do projecto, uma antiga prensa de lagar de vinho e um peso de lagar de varas, ambos integrados nos arranjos exteriores do lado da Rua de Trás (Rua de Santo António) e,

Mais importante, foi possível preservar integrando-o na cabeceira da Casa Mortuária, o nicho original de Nossa Senhora da Graça, o qual guardou a imagem da padroeira durante cerca de 300 anos e se encontrava no adro desde que foi substituído aquando das obras na Capela no ano de 2003.

À cerimónia da inauguração compareceram, além de muita população e do arquitecto autor do projecto, o Vereador da Câmara Municipal de Alcobaça, Sr. João Santos e o Presidente da Junta de Freguesia de Aljubarrota, Sr. José Lourenço em representação das autarquias que apoiaram a construção, a qual só foi possível através de muitos contributos da população e do esforço da comissão constituída por

Luís Santos

Rui Santos

Pedro Bernardino

Seguiu-se uma visita às instalações, que mereceram muitas manifestações de agrado e um lanche-convívio que se prolongou pela tarde fora e para mim foi especialmente saboroso porque me permitiu conversar largamente com muitos dos presentes, todos amigos, alguns com quem já há muito tempo me não encontrava.

 

                                                     A placa comemorativa da inauguração


Uma padieira que se encontrava sobre uma porta virada à Rua da Penicheira (actual pátio do Centro Pastoral) demonstrando a antiguidade das construções que existiram no local e como essa rua era, em finais do séc. XVIII, uma das principais da aldeia.


O nicho de Nossa Senhora da Graça integra agora a cabeceira da sala de velório

 

Vista tirada da Rua de Trás (Rua de Stº. António)

A imponente vista sobre a Serra dos Candeeiros que se alcança do terraço