ou, Um casamento na Ataíja de Cima, em 1967
.
Uma das dificuldades com que me tenho deparado, nas minhas
investigações sobre o passado recente da Ataíja de Cima, reside na falta de
fotografias.
A Ataíja de Cima era, até há cerca de cinquenta anos, uma
aldeia pobre, de economia exclusivamente agrícola, onde as fotografias eram
muito raras, pelo que quase não existem provas gráficas da vida desses tempos.
Daí que só pela memória dos vivos possamos conhecer esse
passado.
Por exemplo, a escola, o adro e a capela: não conheço nenhuma
fotografia que mostre, com clareza, como eram há cinquenta ou mais anos.
Na foto que abaixo apresento, de um casamento realizado em
Dezembro de 1967, consegue-se ver uma parte da fachada nascente da antiga escola e do
cruzeiro que se encontrava no adro.
Ao fundo, vê-se a chaminé da casa que foi
de Sabino Vigário e Joaquina Baptista e o telhado do palheiro que hoje é do Zé
Gordo e foi de Maria da Serra e do meu tio-avô António Agostinho.
As pessoas fotografadas, além dos nubentes, Luísa Rosa Dias
(Luísa Antónia), filha de Antónia Rosa (ti’Antónia) e de António Dias (o
Pato-Marreco) e João de Sousa Quitério (João Sapatada), meu primo, já falecido,
filho de António Coelho Quitério (o Sapatada) e de Maria Cristina Coelho de
Sousa (Maria Cordeira), são, quase todas, familiares dos noivos, uma boa parte delas
do Cadoiço, (estes, descendentes de João Cordeiro que, como já referi em posts
anteriores foi o doador do edifício da escola).
Voltando ao princípio deste texto:
Recuperar a memória fotográfica eventualmente existente,
ainda que escassa, da Ataíja de Cima, é tarefa que não consigo fazer sozinho.
Apelo, pois, à colaboração dos leitores ataíjenses, para que
disponibilizem as fotografias que possuam, sejam elas quais forem:
- retratos de pessoas, cenas de trabalho ou de festas,
edifícios ou paisagens.
Para que todos possamos conhecer melhor o passado ataijense.
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