terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Gisbarbeiro


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Gisbarbeiro s.m. - Gilbardeira (António Flor, in “Plantas a proteger no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros”, edição do Instituto da Conservação da Naturesa, 2005), diz que o nome gilbardeira foi corrompido, localmente, para gisbardeira.
António Houaiss, in “Dicionário Houaiss da Lìngua Portuguesa”, edição do Círculo de Leitores, Lisboa, 2002, anota, ainda, as variações: gibaldeira e gilbarbeira e outras denominações: azevinho-espinhoso, azevinho pequeno, erva-de-basculho, erva dos vasculhos, murta-espinhosa e brusca, derivando, este brusca, do carácter espinhoso, rude, áspero da planta.
Conforme as regiões adquire, também, outras denominações: azevinho-menor, rusco, pica-rato e sazevinho-menor.

Há que acrescentar que na Ataíja se diz, como quase sempre ouvi dizer, gisbarbeiro ou - também já ouvi - xisbarbeiro).

Trata-se, o gisbarbeiro, Ruscus aculeatus L., (e seguimos A. Flor, op.cit.), de uma planta herbácea, perene e rizomatosa, com altura até um metro e numerosos ramos laterais de onde partem pequenos ramos achatados, simulando folhas que terminam em espinho. As flores são pequenas e de cor branca e os frutos são bagas globosas vermelhas.

Pela sua semelhança com o azevinho (o arranque, corte total ou parcial, transporte e venda do azevinho, Ilex aquifolium L., também conhecido por pica-folha, visqueiro ou zebro, foram proibidos pelo DL n.º 423/89, de 4 de Dezembro) é colhida e usada em substituição deste, sobretudo na época do Natal, para usos ornamentais.

O gisbarbeiro é, ainda, relativamente vulgar na região da Ataíja de Cima. No entanto, o seu interesse decorativo pode vir a pôr esta espécie em risco, como já antes pôs o azevinho e muitas outras espécies. Exige-se, pois, moderação e responsabilidade no corte de ramos destas plantas. Afinal, nenhum de nós gostaria que os nossos netos nos viessem a responsabilizar pelo desaparecimento de uma espécie vegetal.


As bagas do gisbarbeiro, apesar da sua beleza quando maduras, não são comestíveis e podem, se ingeridas, provocar vómitos, diarreias e convulsões.

Veja, de seguida, algumas semelhanças (e diferenças) entre o gisbarbeiro e o azevinho:


Gisbarbeiro
foto de António Flor, in "Plantas a proteger no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros",
 Instituto da Conservação da Natureza, 2005

Azevinho
Ilustração retirada de http://pt.wikipedia.org/wiki/Azevinho


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