Hoje e em 1973
A nascente da Capela de Nossa Senhora da Graça da Ataíja de
Cima, abre-se um Largo, ladeado a sul pela Estrada do Lagar dos Frades e onde
desembocam a Rua de Nossa Senhora da Graça, a Rua de Trás (agora chamada de
Santo António) e a Rua das Hortas.
É um largo antigo que delimitava o núcleo urbano pelo lado
nascente e onde se situavam algumas das casas mais antigas e
arquitectonicamente importantes da aldeia: a norte, a do Machado, a qual tinha
uma traça semelhante à de Amélia Ribeiro e desapareceu, já na segunda metade do
Séc. XX, para dar lugar à de seu neto Manuel Matias; a nascente, a de João
Veríssimo que é, pelo menos, do início do Séc. XIX e a do Pote Serrano (onde
João Pereira fazia a sua barbearia) que é do Séc. XVIII ou, talvez, mais antiga
e; a sul, a de Amélia Ribeiro, também do Séc. XVIII e que, em 1981, foi exemplarmente
recuperada.
Este Largo não tem nome mas, eu sempre o conheci por O Fundo
da Igreja.
Em 1973 não existia alcatrão na Ataíja de Cima e, no chão
dos caminhos, o que se via eram as ásperas pedras sobre que assenta todo o
núcleo urbano antigo.
Algumas casas começavam a ser vítimas de abandono ao ritmo
da morte dos seus habitantes.
Os veículos automóveis eram raros e exigiam cuidados hoje
dispensáveis como, a cada viagem, verificar o nível do óleo e da água do
radiador.
É que o que podemos ver na foto seguinte, tirada no Verão de
1973, onde António Cordeiro, então residente em Lisboa, verifica os níveis da
sua viatura, sob o olhar atento do Pedro Cordeiro.
O carro está estacionado no local agora ocupado pela
sacristia da Capela. À direita vê-se uma arrecadação que pertencia a João Pereira
e a casa que foi de Maria Constantino.
Passados que estão 39 anos, o aspecto do mesmo local é o
seguinte:
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