segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O Fundo da Igreja


Hoje e em 1973

A nascente da Capela de Nossa Senhora da Graça da Ataíja de Cima, abre-se um Largo, ladeado a sul pela Estrada do Lagar dos Frades e onde desembocam a Rua de Nossa Senhora da Graça, a Rua de Trás (agora chamada de Santo António) e a Rua das Hortas.
É um largo antigo que delimitava o núcleo urbano pelo lado nascente e onde se situavam algumas das casas mais antigas e arquitectonicamente importantes da aldeia: a norte, a do Machado, a qual tinha uma traça semelhante à de Amélia Ribeiro e desapareceu, já na segunda metade do Séc. XX, para dar lugar à de seu neto Manuel Matias; a nascente, a de João Veríssimo que é, pelo menos, do início do Séc. XIX e a do Pote Serrano (onde João Pereira fazia a sua barbearia) que é do Séc. XVIII ou, talvez, mais antiga e; a sul, a de Amélia Ribeiro, também do Séc. XVIII e que, em 1981, foi exemplarmente recuperada.

Este Largo não tem nome mas, eu sempre o conheci por O Fundo da Igreja.

Em 1973 não existia alcatrão na Ataíja de Cima e, no chão dos caminhos, o que se via eram as ásperas pedras sobre que assenta todo o núcleo urbano antigo.
Algumas casas começavam a ser vítimas de abandono ao ritmo da morte dos seus habitantes.
Os veículos automóveis eram raros e exigiam cuidados hoje dispensáveis como, a cada viagem, verificar o nível do óleo e da água do radiador.

É que o que podemos ver na foto seguinte, tirada no Verão de 1973, onde António Cordeiro, então residente em Lisboa, verifica os níveis da sua viatura, sob o olhar atento do Pedro Cordeiro.
O carro está estacionado no local agora ocupado pela sacristia da Capela. À direita vê-se uma arrecadação que pertencia a João Pereira e a casa que foi de Maria Constantino.



Passados que estão 39 anos, o aspecto do mesmo local é o seguinte:


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