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A chuva forte não permitiu, hoje de tarde, a continuação da apanha da azeitona.
Continuaremos amanhã, se o São Pedro quiser.
É, por isso, altura apropriada para relembrar que o azeite, ainda hoje um importante elemento da cozinha portuguesa e mediterrânica que tanto apreciamos, como tempero, em cru, de vegetais e peixes cozidos ou grelhados e, cozinhado, como base de sopas, refogados e estufados, foi historicamente, muito mais do que isso.
Em toda a bacia mediterrânica, desde tempos muito antigos, o azeite foi a única fonte de iluminação doméstica.
Não, não era o petróleo que, antes da electricidade, servia de combustível de iluminação. Isso, foi apenas a partir de meados do Século XIX, quando começaram as modernas explorações de petróleo.
Ainda há cinquenta anos atrás, na Ataíja de Cima como em todas as aldeias de Portugal, havia, é certo, um candeeiro a petróleo em quase todas as casas.
Mas, a mais vulgar luminária era a candeia que, na cozinha, tinha a "ajuda" do fogo que ardia na lareira.
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