terça-feira, 13 de novembro de 2012

O carro de mão


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Toda a gente sabe o que é um carro de mão.
Basicamente, duas hastes horizontais onde, numa das pontas, funciona o eixo da roda e, nas pontas opostas, se segura com as mãos para elevar e deslocar. A meio, uma plataforma ou caixa para transportar a carga.
Hoje é fácil já que, por preço acessível, se podem encontrar carros de mão em qualquer loja de máquinas e ferramentas.
Mas, ainda não há muito tempo, sobretudo nas aldeias, os carros de mão eram raros, a maioria das vezes improvisados e, quase sempre, construídos pelo proprietário ou por alguém com mais jeito para a carpintaria.

Na Ataíja de Cima perderam-se, em tempos recentes, muitos dos objectos que eram utilizados pelos nossos pais e avós. 
Felizmente, no entanto, muitos outros ainda subsistem e as pessoas estão, agora, mais conscientes da importância de preservar esses objectos e, com eles, as nossas memórias.

Foi, por isso, com grande prazer que encontrei, recentemente, nas Tasquinhas 2012 do Salão Cultural Ataijense, este carro de mão artesanal:
Apenas, duas hastes de madeira, retiradas do mesmo tronco convenientemente curvo, roda e respectivo eixo também de madeira, aro e chumaceiras que são reaproveitamento de aros de vasilhas velhas, umas tábuas para criar a plataforma de transporte e dar solidez ao conjunto.

Não é o melhor carro de mão do mundo, desde logo porque, para facilitar o transporte e diminuir o peso a suportar pelo condutor, o centro de gravidade deve estar o mais perto possível da roda o que, aqui, não é o caso. Como, a roda deve ser flexível (pneu com câmara de ar) para evitar trepidações e superar mais facilmente qualquer pequena irregularidade do caminho mas, há-de ter facilitado muito a vida ao seu proprietário.


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