sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O Padre Joaquim de Souza, da Ataíja de Cima


No texto Padres e casamentos na Ataija de Cima, há duzentos anos demos conta da descoberta da existência, no início do Séc. XIX, de um padre ataijense, o Pe Joaquim de Souza.

Continuando a investigar este assunto, através dos registos paroquiais, viemos a verificar que, entre 1804 e 1821, o Pe Joaquim de Souza é mencionado em diversos registos de casamento, todos envolvendo nubentes naturais da Ataíja de Cima e onde intervém quer na qualidade de celebrante, devidamente autorizado pelo cura da freguesia, quer na qualidade de testemunha.

É o caso, por exemplo, do assento relativo a um casamento celebrado, em S. Vicente de Aljubarrota, em 12 de Setembro de 1807, no qual o “Pe Joaquim e Souza da dita Ataija” assina na qualidade de testemunha:



Ou, o assento relativo ao casamento celebrado na Capela de N. S. da Graça da Ataíja de Cima, em 29 de Outubro de 1820, pelo Pe Joaquim de Souza, “cura da freguesia de Santo António do Arrimal”, (funções que desempenhou entre 1819 e 1826).
O celebrante assinou o assento:



Ou, ainda, o assento de um casamento celebrado na Igreja Paroquial de Santo António do Arrimal pelo “Pe Manoel Mathias do Cazal de Val de Ventos” e elaborado e também assinado pelo “Padre Joaquim de Souza Actual Cura desta Freguesia”:


Este assento tem um pormenor curioso, pelo menos para os leitores menos familiarizados com este tipo de documentos e que é a “assinatura de cruz” da testemunha José Amado dos Santos:
Dates ta
Joze + Amado dos Stos

 A testemunha desenhava apenas a “cruz”, uma vez que não sabia ler nem escrever.
“Assinar de cruz” era, ainda há poucas dezenas de anos, expressão corrente para significar o assentimento a coisas que se não entendiam.


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