quarta-feira, 26 de maio de 2010

Afonso Vicente e Margarida Vasques – Dois ataíjenses do Séc. XV

No livro “Porto de Mós, Colectânea Histórica e Documental, Séculos XII a XIX”, do Professor Saul António Gomes, já referido em post anterior, consta, (Doc. 236) um contrato pelo qual Afonsso Vecente e Margarida Vaasquez, sua mulher, moradores na Ataíja, termo de Porto de Mós, venderam a Joham Afonso dos Casaaes (termo de Leiria) e a Beatriz Afomso sua mulher a parte dos bens de raiz, sitos em Maceira, Leiria, que tinham herdado por morte dos pais da vendedora.

O documento foi celebrado em Porto de Mós, em 26 de Dezembro de 1468, por João de Santarém, tabelião do conde de Ourém D. Fernando (este D. Fernando era neto de D. João I e filho de D. Nuno Álvares Pereira e, além de conde de Ourém e, portanto, senhor de Porto de Mós, era também, entre muitos outros títulos e prebendas, Duque de Bragança, Marquês de Vila Viçosa, conde de Barcelos e conde de Arraiolos).


O contrato aqui referido contem três elementos relevantes para a história da Ataíja:

- Confirma que naquele tempo, a aldeia era povoada;
- Identifica dois moradores;
- Confirma que, naquela data, Ataíja não integrava os coutos de Alcobaça, pertencendo, antes, ao termo de Porto de Mós.


Neste ano de 1468, reinava em Portugal D. Afonso V, nasceu em Sines Vasco da Gama que, trinta anos depois, havia de descobrir o caminho marítimo para a Índia e (ou, talvez, em 1467) em Belmonte, nasceu Pedro Álvares Cabral que viria a ser o descobridor oficial do Brasil e morreu Gutemberg, o inventor da prensa de caracteres móveis.
O Mundo estava a mudar profunda e rapidamente.

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