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Nos anos setenta do Séc. XX ainda se cultivava trigo na Ataíja de Cima e era corrente o uso de tracção animal.
Nos anos setenta do Séc. XX ainda se cultivava trigo na Ataíja de Cima e era corrente o uso de tracção animal.
A eira do trigo era no terreno chamado "quintal da Rosalía", na Rua das Covas onde, anualmente, se instalava a debulhadora do Leonídio (ou debulhadeira, como também se dizia por cá) .
As fotografias seguintes foram tiradas, por mim, em data que não posso precisar, no verão de 1976.
A consertar a carrada está o Joaquim da Pequena e, a dar os molhos, o António Matias, vislumbrando-se, atrás deste, António Agostinho da Graça, meu tio, já falecido e que era pai do Joaquim e sogro do António e proprietário do trigo e das vacas (e do carro, está claro!).
A terceira fotografia é já na eira, no quintal da Rosalia. A debulhadora e a enfardadeira (que lhe estava acopulada e se não vê na fotografia) eram movidas pelo tractor que se vê em primeiro plano.
Sobre a debulhadora vêem-se dois homens: um recebe os molhos do trigo e corta o atilho, o outro introduz o cereal por um alcapão para ser debulhado (era chamado o aumentador).
Em baixo, sob a correia que liga o tractor à debulhadora vê-se um outro homem que está a receber os grãos de trigo já debulhados para sacos de sarapilheira (era o saqueiro). Este era o chefe da eira, o que comandava todas as operações, pesava o trigo debulhado e cobrava as maquias.
Há, na cena, mais três homens: dois carregam, à forquilha, os molhos do trigo para cima da debulhadora, o terceiro, sobre a meda (a amoreia, dizíamos nós), coloca os molhos (dizía-se os feixes) a jeito de serem espetados pela forquilha.
O trabalho na eira envolvia mais gente. Às vezes a meda ficava relativamente longe e, aí, toda a gente era pouca para chegar os molhos para junto da debulhadora. Havia, ainda, para a enfardadeira, pelo menos mais cinco pessoas: O rapaz que preparava os arames de fardo, o aumentador que, munido de uma forquilha, empurrava a palha, vinda da debulhadora, para dentro da prensa, dois homens, um de cada lado, para colocar os arames no fardo, um outro para os retirar da enfardadeira e os carregar até local próximo, onde os empilhava para serem, posteriormente, recolhidos pelo proprietário.
A consertar a carrada está o Joaquim da Pequena e, a dar os molhos, o António Matias, vislumbrando-se, atrás deste, António Agostinho da Graça, meu tio, já falecido e que era pai do Joaquim e sogro do António e proprietário do trigo e das vacas (e do carro, está claro!).
A terceira fotografia é já na eira, no quintal da Rosalia. A debulhadora e a enfardadeira (que lhe estava acopulada e se não vê na fotografia) eram movidas pelo tractor que se vê em primeiro plano.
Sobre a debulhadora vêem-se dois homens: um recebe os molhos do trigo e corta o atilho, o outro introduz o cereal por um alcapão para ser debulhado (era chamado o aumentador).
Em baixo, sob a correia que liga o tractor à debulhadora vê-se um outro homem que está a receber os grãos de trigo já debulhados para sacos de sarapilheira (era o saqueiro). Este era o chefe da eira, o que comandava todas as operações, pesava o trigo debulhado e cobrava as maquias.
Há, na cena, mais três homens: dois carregam, à forquilha, os molhos do trigo para cima da debulhadora, o terceiro, sobre a meda (a amoreia, dizíamos nós), coloca os molhos (dizía-se os feixes) a jeito de serem espetados pela forquilha.
O trabalho na eira envolvia mais gente. Às vezes a meda ficava relativamente longe e, aí, toda a gente era pouca para chegar os molhos para junto da debulhadora. Havia, ainda, para a enfardadeira, pelo menos mais cinco pessoas: O rapaz que preparava os arames de fardo, o aumentador que, munido de uma forquilha, empurrava a palha, vinda da debulhadora, para dentro da prensa, dois homens, um de cada lado, para colocar os arames no fardo, um outro para os retirar da enfardadeira e os carregar até local próximo, onde os empilhava para serem, posteriormente, recolhidos pelo proprietário.
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